Ju Lund: Fiquei contente de que ‘Doce Vampira’ (Ed. Ornitorrinco) foi citada. Só posso dizer que achei ótimo, ter meu livro tratado como referência no gênero me deixa bastante orgulhosa!
Tabula Rasa: Em seu livro sobre vampiro você segue uma linha que poucos se atreveram, criar uma história com base em um casal do mesmo sexo. Qual sua motivação?
Ju Lund: Meu livro já aborda um tipo de Vampiro mais humanizado, o que muitos comentam, assim como sobre a trama ter um casal de protagonistas do mesmo sexo… Eu achei natural. Acredito que é passada a hora de termos obras do tipo, essa foi minha maior motivação. Inovar, ousar e desvelar preconceitos, isso me estimula bastante.
Os leitores são curiosos, elogiosos e mostram-se empolgados com o livro e sua continuação. Converso com todos e gosto de saber o que cada um acha. O que desejariam ver e suas opiniões sobre tudo são levadas em total consideração. Vide a continuação (final), que desenvolvi tentando contemplar diversos comentários que li ou recebi. 🙂
TR: ‘Doce Vampira’ tem uma história rica em detalhes, bem amarrada e com começo, meio e fim. No entanto, tem um gancho para uma possíveis continuação, assim como conteúdo e personagens que podem dar origens a novas histórias. Tem pretensão de escrever uma continuação? Talvez outras histórias ambientadas no mesmo universo de ‘Doce Vampira’?
JL: Doce Vampira nasceu como uma Trilogia, assim seria…Mas, realmente ela cresceu demais e sua trama ficou impossível de finalizar em 3 volumes. Desta forma, pensando em não deixar o leitor esperando, resolvi encerrar a trama no seu segundo volume. Todos vão ter o final muito em breve! Futuramente voltarei a desenvolver mais sobre Duda e Ester, mas somente depois de saber quantos livros mais necessitaria (e depois de estar com algo pronto), divulgarei sobre isso. Nesse meio tempo quero ver a repercussão da obra em suas duas partes (dois livros) e também deixar que nasçam meus outros projetos!
TR: Diferente da maioria dos autores fora do eixo Rio-São Paulo, você conseguiu trabalhar muito bem a divulgação seu trabalho como autora sem deixar seu estado. Pretende continuar a incentivar a literatura gaúcha sem deixar o RS, ou tem planos para participar de algum evento literário futuro no Rio de Janeiro e/ou São Paulo?
JL: Alcancei um grande público, com muito trabalho, mesmo não tendo saído do Rio Grande do Sul. Pretendia ir ao Fantasticon (SP), mas aguardo confirmação de data do evento. Estarei presente da Bienal Internacional do Rio este ano, no dia 8 (último dia do evento). Aguardo convites para feiras e demais eventos, pois quero conhecer meus leitores pessoalmente por todo o país. Como ainda estou concluindo minha universidade, preciso lidar com os calendários, o que não facilita muito o deslocamento.
TR: Quanto a novos projetos, algo em vista para esse ano? Pretende continuar a escrever histórias seguindo a mesma linha Queer romântica?
JL: Sim, vários! Estou desenvolvendo um projeto de livro infantil, do gênero mais didático e escolar, além de estar com a continuação de ‘Doce Vampira’ em editoração. Também pretendo participar de ao menos uma Antologia, este ano e encaminhar outros dois projetos (um deles, local). Continuarei escrevendo Contos ou Romances Queer, sem dúvidas, assim como outras temáticas e abordagens contemporâneas. Aguardem!
TR: Qual tipo de livros costuma ler? Indicaria algum aos leitores? Algum de conteúdo Queer?
JL: Leio de tudo. Biografias, ficção, romances, autoajuda, religiosos e etc. Sou bastante eclética e sem preconceitos, mas prefiro livros de temática fantástica. No momento estou lendo a saga sobrenatural Shadow Falls de C.C. Hunter e terminei Faça Acontecer de Sheryl Sandberg. Dois estilos bem diferentes que recomendo.Ainda ficarei devendo alguma dica Queer, continuo sem nada para ler. Quem sabe algum leitor pode me sugerir algo Queer e Fantástico?
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